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A intensidade…

A intensidade das crianças

Quando falamos de intensidade, logo pensamos em força, vigor, produtividade ou algo que vai além do normal ou habitual.

Mas antes de trazer a criança para eixo central de nosso olhar para refletir sobre sua intensidade, gostaria de descrever uma experiência pessoal que me fez reviver a infância e a trazer lembranças de quando estou com as crianças na Pitiguari.

Outro dia estava regando as plantas em casa e ao encher o regador deixei cair um pouco de água, que ao bater no chão respingou em meus pés, formando gotículas em minha pele. Instantaneamente pensei em ir secar meus pés, já que andar com os pés molhados poderia sujar o chão de casa. Mas meus pés não estavam molhados o suficiente para sujar ou manchar o chão. Decidi que ficaria sentindo aquela sensação até que a água evaporasse e meus voltassem a ficar secos. Durou aproximadamente 10 minutos para que meus pés ficassem secos, porém esse foi o tempo que verifiquei olhando no celular, mas considero que fiquei numa temporalidade para além desses 10 minutos, pois ao perceber como aquela água ia escorrendo e diminuindo, a corrente de ar que causava a sensação de frio e ao ir secando a sensação de conforto. Nesse momento pensei em como poderia ir e resolver aquilo para não sentir aquelas sensações, que aquilo não fazia sentido, enfim, em 10 minutos poderia aqui descrever uma diversidade de pensamentos e sensações que de fato que me pareceu ter sido muito mais que dez minutos.

Então, lembrei de quando estou junto com as crianças no tanque de areia, em que elas brincam sem que haja preceitos e pensamentos sobre o antes e o depois, que ao de tocar e manusear a areia e outros objetos não se preocupa se aquilo está incomodando, se vai sujar, se está certo ou errado ou se vai causar algum problema. Ao lembrar das crianças e refletir sobre minha experiência, me encontrei na infância novamente e ao tentar denominar esse momento descreveria como intensa, porém compreendi que a intensidade das crianças sintetiza todos os sinônimos e vai além, pois não há proporcionalidade e temporalidade para se vivenciar os momentos. Para as crianças ser intenso é ser e estar, sem que haja o ontem e o amanhã, mas simplesmente o agora.

Pitiguari um olhar para a intensidade da infância!

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